Durante o Festival Brasileiro da Cerveja tivemos a
oportunidade visitar algumas Cervejarias no entorno de Blumenau, como o evento
só iniciava as 15 horas, e dependendo do dia somente as 19 horas, podíamos sair
com algum tempo livre que possibilitava não só as visitações, mas muitas,
muitas risadas no carro do Rafael Krumennauer, vulgo Spok, sócio da Spok Bier
de Taquara, Cervejaria que em breve falaremos aqui.
O fato é que naquele dia, uma quinta-feira de março, saímos
do hotel já por volta das 10:00 da manhã sem um rumo especificamente certo, mas
em seguida decidiram que iríamos para Pomerode, terra da Schornstein, cujo
slogan é “A Cerveja com alma”, bacana slogan e bacana também o trajeto até lá,
pelo interior de Santa Catarina, como são a maioria das paisagens do sul do
Brasil, muito verde, fazendinhas, casas antigas a beira da estrada e animais
pelas pastagens.
Chegando a Pomerode próximo das 12:00 horas, tivemos que
eleger um local para almoçar, e erroneamente este local foi o Siedlertal
Restaurante, que sinceramente pratica valores abusivos se comparado com o
serviço e o sabor da comida apresentada, infelizmente. Num estilo muito próprio
alemão de uma certa frieza ponderada, o restaurante deixou a desejar em alguns
aspectos e posteriormente viemos a saber que o pessoal da Revista da Cerveja e
também Vitório do Bier Keller e o
Rodrigo do Nova Vida estavam na cidade e tinham almoçado num restaurante bom e
barato. Esse boneco de cara vazada aí da foto foi o “ponto alto” do almoço,
digamos.
Bueno, eram pouco mais de uma da tarde quando estacionamos em frente ao prédio histórico de
mais de 50 anos tombado pelo Patrimonio Histórico onde está instalada a
Schornstein, capitaneados pelo, adivinhem, Mateus, que já conhecia o “Zé” Cervejeiro responsável
por lá. O prédio é de um único piso, possui na lateral do pátio uma câmara
frigorígica do tamanho de um container enorme onde estocam as cervejas já prontas
para distribuição. Entramos pela parte do escritório e posso afirmar que fomos
bem recebidos pela equipe que estava trabalhando por lá, mas caso fossemos
clientes normais teríamos entrado pelo bar que a Cervejaria abre em horários
específicos e serve além de suas Cervejas, petiscos de origem holandesa e alemã
para acompanhar, além de oferecer visitações guiadas a fábrica.
Sala de Fermentação |
Pelo lado de dentro junto ao bar, uma brassagem lindona de
cobre de 500 litros, tribloco, ou seja, o que se perde em volume de mosturação
se ganha nas transferências entre os tanques ao menos, mas pelo sorriso do Zé
ao mostrar orgulhoso seu equipamento, tempo de envolvimento entre uma
mosturação e outra não é o problema. Foi
uma das visitas mais divertidas pois como mencionei acima, encontramos vários
camaradas aqui do RS que já estavam por lá quando chegamos, e aí o bate papo se
prolongou e se “espalhou” por vários setores da Cervejaria.
Brassagem tribloco |
Atualmente a Schornstein produz 5 estilos de Cerveja: Weiss,
Pilsen filtrada e não filtrada, IPA, Bock e Imperial Stout, na ocasião, como eu
já tinha bebido chopp da Börck, Cervejaria de Turvo, no tal restaurante, fiquei
pela Bock mesmo e ainda assim numa dose moderada. Quem nos serviu foi o
Rodrigo, filho do Cervejeiro que segue o mesmo caminho, inclusive nos visitou
no stand durante o Festival na última noite e foi um baita parceiro de bate
papo e Cervejas. Como na ocasião eu estava sem máquina, as fotos aqui
apresentadas são de celular, mas que dão uma noção do espaço interno como
brassagem e tanques de fermentação da Cervejaria.
No mercado desde 2006, atualmente possui duas unidades
fabris, uma em Pomerode e outra em Holambra, São Paulo, contando com capacidade
produtiva na unidade de SC de até 300 hectolitros, uma boa produção, controlada
e com excelente qualidade, com alma, como diz o slogan. Uma das referencias
fortes da Schornstein SC é a torre da chaminé toda de tijolos maciços, sem
dúvida é uma parada obrigatória ao visitante passeador Cervejeiro quando
estiver por lá, aproveitando claro, para dar uma chegada em Turvo pela Börck,
esta que por trabalhar somente com chopp
de dois estilos para distribuição
regional não nos chamou atenção suficiente para fomentar uma visita, de toda
forma o Fabrício foi até lá e escreveu uma matéria bem completa sobre a
Cervejaria de Turvo na Revista da Cerveja.
De Florianópolis a Pomerode não são mais de 170 quilometros,
cuja metade praticamente é pela BR-101 e o restante pela Antônio Heil e surpreende como uma pequena cidade do Vale do
Itajaí com uma pavimentação típica do interior, o que dá um ares de Europa cuja
arquitetura também dá sua contribuição, tudo isso somado ao fato de possuir uma
bela Cervejaria.
Lembrei que também tem o maior Zoologico do Estado também
Schornstein Cervejaria
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