Em Guaporé não foi muito difícil de encontrar um hotel, aliás fiquei super feliz de após passar uma noite digamos como um presidiário na pousada do Baixinho, o hotel em que me hospedei tinha wifi, televisão e até telefone no apartamento, um luxo só, se comparado ao da noite anterior.
Depois de me instalar, fui em busca de algo para comer e se possível beber uma cerveja bacana, logo no centro estacionei na esquina de uma lancheria, e quando estava pisando no primeiro degrau da entrada me chamou a atenção uma outra casa distante uns 50 metros, Primmo Café, nem titubeei pois imaginei que pelo estilo da fachada ali deveria ter cervejas especiais, estava certo. Um salve para os valores de cardápio e para a berinjela caponata servida como antipasti acompanhando uns pãeszinhos caseiros bem gostosos.
Um salve al revés para o atendimento que não exatamente era ruim, no entanto, como eu estava barbudo, “cabeludo” e de bermuda, além de os garçons não terem visto de onde cheguei se estava a pé ou não, ficaram de marcação quase o tempo todo, me pareceram receosos que eu fugiria correndo com um vidro de azeite de oliva embaixo do braço, realmente não gostei.
O fato é que comi e bebi numa boa e em boa quantidade e a conta não passou dos R$28,00, e na volta para o hotel a Croc Old Ale do Henrique Dopke estava na temperatura ideal de consumo, e assistindo ao Jô Soares degustei a cerveja andante que me fazia companhia desde Santa Cruz, como já mencionei anteriormente, muito me agradou, o tostado do malte e o aroma amadeirado oriundo dos barris de carvalho geram uma sensação de retrogosto excelente, algo entre uma Trippel e uma Stout, mas sem fugir da raíz Old Ale.
No outro dia logo cedo, amarrei a bagulhada toda na moto e
parti em direção a Estrela, a rodovia como era de se esperar dada a região é
muito bonita com belas paisagens e alguns
vislumbres de vales, cogitei inclusive desviar para Veranópolis
unicamente para tirar uma foto no Parador 99, logo na descida da serra para
Bento Gonçalves, mas desisti da idéia por não conhecer a rodovia (como se isso
fosse um grande empecilho). A manhã estava fria e por volta das 10:30 cheguei
na cidade que acolhe a fábrica da Prost Bier.
Infelizmente, não tive uma grande recepção, inclusive o
prédio é tão camuflado quanto o da EuroBier, o que resultou num erro de trajeto
de 6 quilometros, mas de toda forma, chegando lá, o funcionário que me atendeu
foi breve e pontual, me cedeu alguns rótulos e bolachas, avisou que não era
possível tirar fotos e diante disso, não tivemos uma conversa muito prolongada,
me despedi e segui direto para Carlos Barbosa, pela região de Westfália. Um
grande barato a rodovia, foi um dos trechos mais interessantes embora na
realidade não houvesse nada de tão especial, mas me parece que a atmosfera das
regiões colonizadas por alemães e italianos é diferente, num todo.
Vale lembrar que a Prost Bier existe desde 2006, e produz atualmente Chopp Pilsen, além de cerveja Pilsen e Weiss, distribuidas na região do Vale do Taquari, infelizmente não tenho fotos do setor fabril, mas posso afirmar que a venda de suas cervejas é apresentada em várias versões de vasilhames, desde siphon's a long neck's.
Almocei num posto de gasolina em Carlos Barbosa e matei um
tempo na praça principal, onde pude fotografar a Igreja e acompanhar a
movimentação dos nativos. Ainda no posto recebi a ligação do Fabrício Ecker me
comentando que a Cervejaria Farol havia sido motivo de uma matéria na Zero
Hora, e que inclusive um vídeo explicativo do Mateus falando sobre o processo
cervejeiro estava fazendo sucesso no site do jornal, que ótimo, fantástico,
agradeci e dei sequencia ao percurso, próxima parada : Cervejaria Urwald.
Prost Bier Cervejaria
BR-386 - 590 - CEP 95880-000
Fone (51) 3720-1005
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